quinta-feira, 11 de março de 2010

Camélia

Dirão que o velho envelheceu.
Mas então, velho, como é envelhecer?
Diga que envelhecer é não escrever.

Tiraram tudo que o velho não tinha,
menos a mania de brilhar nos olhos.

Rumina um oi,
Rumi na escuridão.

Tira esta roupa velha,
despe a camélia.

Por fora se ri,
por dentro ser rio.

7 comentários:

Lê Nascimento disse...

Doce e sóbrio.
adorei!
http://lequeescreve.blogspot.com/

Cynthia Lopes disse...

Por dentro este rio de água viva.
muito bonito Suzana,
bjs

DOIDINHA DA SILVA disse...

Que lindo !
Adorei o final....
Gostei de ter vindo aqui ....

DOIDINHA DA SILVA disse...

Que lindo !
Adorei o final....
Gostei de ter vindo aqui ....

Alexandre disse...

muito bom o blog, belas palavras!
um rio que nunca para de correr!

Augusto Dias disse...

É isso, escrever é rejuvenescer, agigantar se cada vez mais novo.
Muito bom!
Um abraço!

Hugo Espíndola disse...

Lindo poema. Tocante, delicado e perspicaz. O rio desaguou em meu peito. Desaguei no mar.