Passeio no bosque
O caminho dos caetés,
o caminho das mil folhas,
te chamou quando?
Se ias só, o coração pulava pela boca:
tuntum-tuntum
(tambor de rimas apagadas
pelo vento de borracha).
O que temes?
Ô cão late do outro lado da encosta
(para o teu bem, ou teu mal?).
Mata adentro do silêncio,
igual como quando você mergulha
em si, então,
o caminho, os sabiás, a tarde
te visitam,
o riacho te abraça,
as árvores te mostram a direção do céu,
as folhas te lembram poemas,
a boca se lambe pedra,
se abraça musgo:
bosque-aberto,
por onde desliza a fome
de versos.
4 comentários:
Adorei a forma como você escreve!
É simples, e nos prende a atenção...
Beijosss
Terça-feira é dia de Suzana!
Terça-feira virou dia especial, de ler poemas danadinhos de bons!
Obrigada por isso!
bj.
Oi, Suzana!
Linkei o Borboletras no Pausa também.
Não sabia que você tinha feito mestrado de literatura na UFSC, sobre o que foi sua dissertação? Abraços e tudo de bom.
amei o final!! lindo demais!
já reviu a foto minha?? rs...
muito obrigado pela linda dedicatória no livro. no momento da entrega isto me passou despercebido.
beijos,
Í.ta**
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