
QUARTO DIA - TERÇA-FEIRA – 09/07/2009
Gaivota, não fique triste, logo, logo, estarei de volta.
Café da manhã numa padaria, em Jurerê. Aproveitamos para passear um pouco. Nenhuma vontade de retornar a Brusque e deixar Florianópolis, a cidade que nos recebeu com carinho, sol e ondas.
Nosso último dia também seria aproveitado. Fizemos o caminho pelo Ingleses para chegar à Lagoa da Conceição, passando por Moçambique, Mole, avenida das Rendeiras.
Fazíamos tudo tão devagar que chegamos no centrinho da Lagoa perto da uma da tarde. Almoçamos num restaurante a quilo que funciona dentro de um pequeno shopping. Durante o almoço, conversamos sobre as possibilidades da tarde. Decidimos que sairíamos da Ilha após às dezenove horas, assim fugiríamos do engarrafamento que ocorre na ponte que liga a Ilha ao Continente.
Mal almoçamos, pegamos o carro e nos dirigimos à Joaquina, parando nas dunas. Alugamos uma daquelas pranchas para surfar na areia, esporte que seria mais praticado por ele. Eu tentei atingir o topo de algumas das montanhas de areia.
No deserto você não consegue esconder nada. Os seus desertos internos afloram. De início há um impacto, quase uma vertigem. Aos poucos, nos acostumamos à ausência de vegetação, à areia no corpo, ao vento e aos passos que se afundam.
Então você passa a compreender a cultura dos povos do deserto, pois se sente um deles. O deserto ensina a força para resistir, superar obstáculos. Conhecendo os próprios desertos você abre a porta para conhecer os dos outros.
Deslumbramento e comunhão com o silêncio. Pés fincados no chão que se move. Assim é a vida: nada é permanente. Manter-se equilibrado sem nenhum suporte, eis o grande aprendizado da jornada entre a vida e a morte.
Gaivota, não fique triste, logo, logo, estarei de volta.
Café da manhã numa padaria, em Jurerê. Aproveitamos para passear um pouco. Nenhuma vontade de retornar a Brusque e deixar Florianópolis, a cidade que nos recebeu com carinho, sol e ondas.
Nosso último dia também seria aproveitado. Fizemos o caminho pelo Ingleses para chegar à Lagoa da Conceição, passando por Moçambique, Mole, avenida das Rendeiras.
Fazíamos tudo tão devagar que chegamos no centrinho da Lagoa perto da uma da tarde. Almoçamos num restaurante a quilo que funciona dentro de um pequeno shopping. Durante o almoço, conversamos sobre as possibilidades da tarde. Decidimos que sairíamos da Ilha após às dezenove horas, assim fugiríamos do engarrafamento que ocorre na ponte que liga a Ilha ao Continente.
Mal almoçamos, pegamos o carro e nos dirigimos à Joaquina, parando nas dunas. Alugamos uma daquelas pranchas para surfar na areia, esporte que seria mais praticado por ele. Eu tentei atingir o topo de algumas das montanhas de areia.
No deserto você não consegue esconder nada. Os seus desertos internos afloram. De início há um impacto, quase uma vertigem. Aos poucos, nos acostumamos à ausência de vegetação, à areia no corpo, ao vento e aos passos que se afundam.
Então você passa a compreender a cultura dos povos do deserto, pois se sente um deles. O deserto ensina a força para resistir, superar obstáculos. Conhecendo os próprios desertos você abre a porta para conhecer os dos outros.
Deslumbramento e comunhão com o silêncio. Pés fincados no chão que se move. Assim é a vida: nada é permanente. Manter-se equilibrado sem nenhum suporte, eis o grande aprendizado da jornada entre a vida e a morte.